domingo, 11 de dezembro de 2011

Nem Einstein explica.

Meu Deus, a vida está passando muito rápido! Fiz tanta coisa e não lembro de quase nada. Fico recapitulando cada lembrança pra ver se salvo e fixo na mente, mas só sobram flashes turvos de milésimos de segundo que se distanciam cada vez mais do original adaptando-se ao meu modo de visão. Passo um tempão planejando e quando me dou conta: já passou, já era! Parece que algum dia minha vida resolveu embriagar-se e entregou-se à velocidade do tempo, negligenciando a importância dos acontecimentos. Daí fatos que deveriam ser lembrados, relembrados e comemorados são atropelados um após o outro como se nada tivesse acontecido, como se fosse algo normal, corriqueiro. Eu quero meus momentos de volta! Quero reviver todos e salvá-los em HD no HD da minha mente pra poder voltar, pausar e adiantar quando eu bem entender. Quero memória fotográfica pras horas boas e esquecer das ruins. Quero relatividade, quero juventude, quero Carpe Diem! Quero desacelerar... respirar... rir... chorar. Uma coisa de cada vez.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Penso, logo desisto.

Nessas férias a última coisa que eu quero é pensar. Nem no passado, nem no presente e muito menos no futuro. Como está espero que dê pra levar por enquanto, minha vida não é tão instável assim - tenhos meus alicerces. Já pensei demais durante o ano e minha mente reclama que está supersaturada; carregada além do limite apenas suportando temporariamente pelo êxtase que a novidade causa. Agora é hora de deixar tudo de lado e aproveitar o "branco mental" como uma criança. De forma simples e prática, sem explicações freudianas (até março).
Não quero pensar em mim, nos outros, nos outros dos outros que no caso dá no mesmo. Nem no que eles pensam sobre mim e sobre eles próprios. Quero minha mente limpa dando suas respostas no bom e velho piloto automático.
Não sou egoísta ou uma pessoa ruim. Tenho princípios e valores, sei que os outros também e que todo mundo tem uma história, uma carreira, uma vida. Cada pessoa tem fraquezas, opiniões, amigos, família e sentimentos. Por isso tudo é que não posso pensar. Fica ruim pra mim. Não dá.
Ser forte é uma coisa e ser fria é outra totalmente diferente. No momento não quero ser nada. Só mais uma bípede assistindo novela das oito, reality shows, Chaves (nostalgia) ou qualquer outra coisa que não me faça PENSAR.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Nova fase!

Adeus, Ensino Médio! Adeus, Escola! Adeus, V ou F e redações de 30 linhas!
Essa despedida denota alívio, sensação de dever cumprido e principalmente expectativa! Não tenho idéia de como será daqui pra frente, mas tenho certeza que vai ser bom. Será bom porque começou bem. 2011 foi o melhor e o pior ano da minha vida. Ralei e brinquei muito; saí e deixei de sair também. Conquistei novas amizades, desfiz outras e reafirmei as principais. Posso dizer com toda a certeza que tudo deu certo, tudo valeu a pena. Nesse ano consegui pelo menos 70% das ambições/metas/desejos que eu tinha na vida. E os outros 30% se realizará com as consequências dessas já conseguidas, com fé em Deus. Quero novos ambientes, novos hábitos, novas idéias. É tempo de mudança! (Já comecei pelo design do blog :D) Que venha título de eleitor, maioridade, carteira de motorista, emprego! Sinto que estou preparada, que chegou a hora de amadurecer e me preparar para as dificuldades. Quero me dedicar inteiramente a carreira que escolhi - a qual sou extremamente apaixonada - e darei o meu melhor, podem ter certeza disso! E o meu melhor é muuuito bom :) O mundo começa agora =D

Faculdade, me ameeee! 




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fixação


Essa é a primeira vez que escrevo aqui diretamente no computador (é relevante de certa forma comentar isso). Em todas as outras escrevia em um papel quando e onde desse vontade (ou sentisse necessidade) e depois copiava pra cá.
Durante a minha vida, não sei se por determinação dos genes ou do meio em que se vive, aprendi a ser muito prática. Se não nas ações, pelo menos nas palavras, idéias. As pessoas que eu admiro também costumam ter essa característica. Se quiser comer, coma; se não: morra de fome. A arte de se distanciar de uma situação pra resolvê-la objetivamente. Como diria mamãe “Adiantou nada você fazer isso. Resolveu o quê? Me diga”. E isso vem me poupando de aturar dramas sem sentido, desculpas esfarrapadas, enrolações, meias-verdades. Quando quero saber algo pergunto, quando quero dizer eu falo. Pra mim parece tão... melhor ser verdadeiro. Acho que aqueles clichês que aparecem em filmes, nos quais as pessoas morrem e se arrependem de não ter dito ou feito o que queriam, contribuíram também. Não quero sob hipótese nenhuma me arrepender de nada porque sei que tudo que eu passei foi importante pra mim hoje. Não quero uma vida sem novidades, que em 10 anos pareça que nada aconteceu, sem mudanças. A imobilidade destrói o “ser” do “humano”. Cadê a evolução? (Biologia, me ajude.)
É claro que o fato de tentar racionalizar tudo não me faz conseguir sempre. Por algum motivo que não consigo explicar (eu e meu ceticismo) acabo reagindo diferente do previsto diante de algumas situações. É incontrolável. O que aconteceu? Tenho plena consciência do que vivo, do que ocorre, sei quando estou errada e certa, sei dos motivos pra ficar alegre ou triste, sei como deveria agir. Mas e daí se eu não quiser? Permito que minha consciência reaja como ela achar que deve, sem explicações, sem cobranças. Não vim com manual. Nem a vida veio.  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

What...ever.

O que dizer quando se está sem palavras? Não o sem palavras de não saber como se expressar, entre verbos e adjuntos, mas aquele de não saber realmente o que se está pensando. Encarar algo e não reconhecer sua reação. Qual o sentido da angústia sentida pelo aparente fim de algo que nunca se teve? E do sorriso mediante a faísca de uma novidade futura? Uma linda, incerta, complicada e dolorosa novidade. Agora não mais futura, tampouco passada, nunca tendo sido presente.
O que sentir quando o certo seria não sentir nada? Não tenho razão, não tenho direito de ir contra alguma coisa. A culpa é minha se me permito ou não deixar meus pensamentos irem em paralelo com meus anseios. Aliás, ainda bem que os meus pensamentos são só meus. Pelo menos isso. Creio que basta um coração e um cérebro para se ter todos os problemas do mundo. É, a conflituosa existência humana deve vim da desarmonia entre coração e cérebro, ou daqueles que preferem um ao outro... Whatever.
Queria mesmo é não pensar. Ter a capacidade de focar em algo e não me distrair, de ignorar o que não dá em nada. Talvez eu consiga um dia. Talvez alguém me faça parar de pensar, como já fez de reagir, de... sorrir. Meu desejo é não mais falar, demonstrar, sentir. Essa possível solução pros meus problemas se reforça na essência dos meus neurônios cansados, do meu pulso sem esperança.
 Essa náusea destrói qualquer animação. Nem o mais otimista consegue suportar tamanha carga de inutilidade, de impotência.
De que adianta tudo? É melhor um "sim" ou "não" do que predicados parnasianos. Quanto a mim... paro por aqui. Não sobrecarregarei minha alma com a materialização de uma catarse que no fim... também não servirá pra nada.

"A escrever... mais vale um cachorro vivo." (C. Lispector)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Do you mind if I try it?

Nunca havia pensado por esse lado. Quer dizer... já; mas não achava que fosse possível. Eu sempre acredito pouco no que independe inteiramente de mim. Sou tão fácil de lidar, é tão óbvio o que eu quero. Mas e você? Já pensou em algo do tipo pelo menos uma vez? Detesto ser a platônica da história. Tudo tão estranhamente vago, gestos e palavras que não dão pra saber ao certo o sentido, se é que tem algum. Duas vidas, cada uma com seus milhares de problemas, mágoas e vícios. Não ligo se errar de novo. Na verdade quero morrer tentando acertar. Importa-se se eu tentar? Foneticamente parece errado. Mas... 'Sintaxe' em casa, fale! Fale o que pensa, o que quer, o que acredita! Não morrerei por causa disso, estou longe de ser uma romântica byroniana. Mas poderia ser mais feliz. Poderíamos. Basta que não se importe de tentar.

"Não tenho medo do escuro..mas deixe as luzes acesas..agora.."

sábado, 20 de agosto de 2011

Política de tirar viciados à força das ruas


     O uso de drogas é um problema grave com o qual convivemos diariamente, seja nas notícias de jornal, nas ruas ou na própria família. Diversos tratamentos existem, mas os dependentes nem sempre concordam livremente em fazê-los, o que demonstra falta de sobriedade e a necessidade da existência de uma intervenção superior.
     A capacidade de pensar e discernir é obviamente afetada por qualquer tipo de droga, desde álcool à metanfetamina. A sensação de estar fora da realidade conhecida como "high", muito citada em músicas americanas, junto às substâncias químicas das drogas levam o usuário ao vício. O controle a que o viciado é submetido é tão grande que o faz capaz de qualquer coisa para conseguir mais e mais drogas. Então o tratamento é necessário, não importa se o paciente concorda. Do mesmo jeito que não deixamos uma criança tomar certas decisões por não confiarmos nos seus julgamentos, também não se deve ouvir uma pessoa que está fazendo uso de alucinógenos que fazem mal. Até porque a tendência dessa autodestruição é a morte.
     As chances de um viciado se curar sozinho são mínimas. Eles precisam de ajuda física e psicológica da família, de amigos, médicos e psicólogos. Quando não há esse tipo de estrutura a experiência já fica comprometida e necessita de um cuidado especial. Os usuários de drogas que ficam nas ruas não possuem amparo nem pessoas que os estimulem a melhorar, já que são dependentes e convivem com outros na mesma situação. Então é necessário que o governo faça jus ao direito à dignidade humana e à integridade física e tire as pessoas dessa situação de risco. Coloquem-nas numa clínica de reabilitação, mesmo que à força, para se tratar antes que seja tarde demais.
     Os danos causados pelas drogas não esperam os efeitos "agradáveis" passarem e a razão voltar. Por isso, é preciso cuidar dos dependentes químicos e prezar por suas vidas quando estes não se encontram capazes de fazê-lo. Um tratamento é melhor do que nenhum e eles provavelmente agradecerão pelo seu "direito de ir e vir" às drogas ter sido tirado.

sábado, 6 de agosto de 2011

?



Não direi que me arrependo. Acho que essa não é a palavra certa. Se não estaria dizendo que queria voltar atrás se pudesse e isso não é verdade. Por mais que tenha saudade de algumas coisas, sinta falta de outras, eu realmente não passaria por tudo de novo só por essa minoria de lembranças. Concordo que foi necessário que tudo acontecesse porque apesar de hoje eu não saber o que eu quero em várias áreas da minha vida, eu sei definir o que eu NÃO quero. E eu não queria viver daquele jeito. Talvez meu erro seja sempre planejar demais, sonhar demais, querer demais. Traçar todo um futuro de acordo com outra pessoa, mesmo que ela não pareça tão entusiasmada com isso. Querer mudar seu jeito, mesmo que pra melhor. Às vezes as pessoas não querem o melhor pra elas mesmas. Deixa como está, respira, anda, vive mesmo. Então que cada um viva do seu jeito, como era antes, como se nada tivesse acontecido. Como se uma perda não fizesse falta, como se não fosse uma perda. Era feliz antes, será agora também, mesmo que seja um pouco mais difícil se reerguer. Afinal, o mundo não espera que você se levante. Nossa energia, nosso entusiasmo, nosso tempo acaba. E eu não quero entregar meu tempo todo à inutilidade. Ainda bem que acabou.

"Não olhe pra trás..o mundo começa agora.. aah apenas começamos.."

Violência nos games



     Ao vermos cenas de violência e sexo na Tv a nossa primeira reação, se houver crianças no lugar, é trocar de canal ou tirá-las de lá por considerarmos "cenas impróprias" para a idade. As mesmas cenas podem estar presentes em jogos de videogame contando ainda com a interação dos usuários. É preciso evitar que essa "violência fictícia" se torne real.
    Quando uma mãe compra brinquedos educativos para o filho, ela quer que ele aprenda com aquilo. Alguns desenhos estimulam a amizade, a união e a importância de fazer o que é certo. O contraste surge quando o jovenzinho vê que pra conseguir pontos e ganhar em um jogo terá que roubar carros e atropelar velhinhas. O ar de poder, dominação e superioridade que o jogo passa estimula a criança a preferir esse gênero violento a outros. E até sete anos de idade há confusão entre realidade e ficção. O resultado? Crianças pulam de janelas ao achar que podem voar como o Superhomem, se transformar em monstros que nem o Ben 10 e ao crescer violentar prostitutas achando que é direito delas.
     Do mesmo jeito que podem atrapalhar, há jogos que ajudam o desenvolvimento infantil. Derrubar dragões e até extraterrestres pra salvar "seu" irmão ou uma princesa podem trazer influência positiva e estimula, além da coordenação motora, o lado sentimental. Sem sangue, sem muito realismo e com algum objetivo realmente importante, jogos podem ser muito divertidos sem comprometer a consciência dos que fazem seu uso. Alex Kidd, Super Mario fizeram e fazem fãs em todo o mundo até hoje sem partir pra nenhum apelo contra a ética e a integridade humana.
     É inegável que jogos violentos não tragam benefício pra jogadores de nenhuma idade. E pior ainda quando são crianças, ensinam valores errados e influenciam seus comportamentos. Devemos proteger nossas crianças desse tipo de mídia fútil que prega a ilegalidade e desrespeito ao próximo para o bem delas e o nosso. Afinal, podemos encontrar com algum personagem-vilão no caminho de volta pra casa.

Imagem: "Manhunt 2" pra PlayStation 2.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Luto.



 Odeio violência. Odeio todos os idiotas que fazem uso dela pra camuflar sua covardia, mente e personalidade fracas. Falar sobre Justiça ou Destino eu não sei. O que acontece de fato é que mais uma vítima se vai! Uma de tantas outras, números que a gente se acostuma, mas não deveria. Tudo é briga, tudo é tentativa de atingir ao próximo, pelo amor de DEUS, onde a gente vai parar? Quem foi não volta mais, e junto se vão todos os sonhos e perspectivas. Não, não vale a pena. Ainda dizem que o homem é um ser racional. Com uma capacidade de pensar dessas eu preferia ter nascido um pônei, um bicho-preguiça ou qualquer outra coisa que me livrasse desse medo de outros iguais a mim. Dor, sofrimento, revolta. Tem idéia do efeito borboleta dessa energia negativa? Família, amigos, colegas de trabalho que terão que aprender como superar a perda e a saudade da pior forma possível. Pôr um filho no mundo sem saber se ele vai voltar quando for pra escola, se algum demente não vai machucá-lo. Se eu me vigio sempre pra não passar dos limites, pensando sempre nas consequências, por que os outros não fazem isso?
Enfim. Palavras não explicam o resultado de atitudes desse nível. Um homem bom, trabalhador, honesto e querido por todos. Morto de forma fria e cruel pelo próprio cunhado-compadre por defender a sua família.
Fica com Deus, primo.
Lá não tem armas, violência, falsidade, infelicidade ou inveja. Lá você vai poder ficar tranquilamente sem medos ou preocupações nos olhando e guiando. Rezaremos por você. Saudades eternas.

Antônio Carlos Mendonça de Menezes - Luluzinho   18/05/2011.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Crianças do Realengo


Há alguns dias soubemos da horrível tragédia no Rio de Janeiro. Um homem fortemente armado invadiu uma escola e atirou contra os últimos seres que teriam culpa da revolta dele: as crianças. Estas entraram em desespero tendo que fugir dos tiros e ainda ver seus coleguinhas sendo mortos friamente. Daqui a alguns meses ou até semanas a mídia irá esquecer desse caso por ficar saturado ou acontecer algum outro pior, mas a cena vivida por essas crianças ficarão em suas mentes pro resto da vida.
O massacre deu margem a discussão de eternos assuntos, tais como bullyng, preconceito, fanatismo. E como o principal 'instrumento' causador da violência foi uma arma de fogo, veio à tona novamente a questão do desarmamento. Com isso, meu lindo professor de redação Márcio André (sim, da Banda Naurêa!) nos propôs um texto dissertativo  de 20-30 linhas com o seguinte tema: Até que ponto a venda de armas e a facilidade de comprar armamentos têm relação com massacres como esse?
Por não ser um assunto superficial nem efêmero, resolvi postar o que eu escrevi.

    A discussão sobre armas em geral sempre gera polêmica e controvérsias demagógicas. Anos atrás foi feito um plebiscito no Brasil para decidir a legalidade ou não do porte de arma por pessoas normais (que não sejam policiais, soldados). A maioria votou que não deveria ser proibido e agora com o massacre infantil no Rio de Janeiro a discussão volta na mídia.
    Ao ver exemplos como o de Wellington Menezes de Oliveira que invadiu uma escola, feriu e matou várias crianças; é normal se perguntar o motivo que levou esse homem a fazer isso. A mídia, principalmente, se encarrega de vasculhar o passado, a saúde, a moradia e os passatempos dele. Não achando um motivo concreto que justifique aquela atitude, tendem a colocar a culpa em algo maior, cuja credibilidade e confiança por natureza já é conturbada: a venda de armas.
    Conseguir uma arma legalizada no Brasil pode ser difícil pelos testes e pela burocracia que o processo exige. Todavia, como pra tudo que é complicado nesse país, há um jeito mais fácil. O mercado negro atende às necessidades de quem quiser ter uma arma contando inclusive com ajuda de policiais corruptos e contrabandistas. Então pra quê proibir armas legalizadas enquanto o comércio ilegal existe? A Revista Veja na época do plebiscito fez uma campanha enorme expondo "7 motivos para votar 'Não'", explicando que em todos os países onde o desarmamento foi adotado a violência aumentou de forma considerável. Provando que quem "se desarma" de fato são as pessoas honestas que normalmente não praticariam crimes, enquanto que os bandidos conseguem de algum modo acesso aos armamentos.
    Massacres, crimes em geral sempre existiram mesmo antes da invenção da arma de fogo. A facilidade da obtenção de um revólver pode ajudar na realização de um crime, mas não ser o seu motivo. Pessoas que cometeriam crimes com armas, caso não as possuísse, usariam qualquer coisa que pudessem. E facas, tesouras, lâminas - armas brancas em geral - nunca serão difíceis de serem obtidas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Confiança


Necessária na vida em todos os sentidos. Desde segredos entre amigos a autorizar que um médico te faça alguma cirurgia. Confiar na sugestão de restaurante, no sequestrador pedindo resgate, na foto do hotel no site. Como saber em quem confiar?
Ao depositarmos confiança, é como se dividíssemos uma parte de nós com o outro. Quando esse corresponde, seria o equivalente a ficar responsável por cuidar dessa parte, desse pedacinho da gente. E a cada palavra, gesto correspondido, costumamos dar mais confiança e, consequentemente mais de nós.
O problema, como tooodo mundo sabe (ou pelo menos, deveria), é quando a resposta não corresponde ao esperado. Promessas não cumpridas, tratos desfeitos, mentiras, falsidade. Resumindo: DECEPÇÃO. Após o choque/descoberta, não acreditamos como puderam fazer tão pouco caso, cuidar tão mal da nossa parte, que agora está morta. E vem o arrependimento de ter confiado.
Como saberíamos que isso iria acontecer? Não há como saber. Tudo bem que existem pessoas que obviamente não são confiáveis, seja por suas atitudes, companhias, referências, enfim, isso não vem ao caso. Mas e aqueles que sempre (ou quase sempre) demonstraram cumplicidade e honestidade? De qualquer forma, pra saber só testando mesmo. E testando, temos que estar preparados com relação aos riscos. Como diria Jack Sparrow (Piratas do Caribe), um dos personagens que eu acho mais fascinantes, é melhor a gente acreditar no mentiroso, que pelo menos sabemos que mente sempre, do que na pessoa que só fala a verdade, porque nunca se sabe quando ela vai mentir. E, completando com House: everybody lies. No caso, fudeu.
Cada experiência que passamos contribui pra formação da nossa personalidade, caráter, enfim. E acho que essas de confiança versus decepção são as que mais marcam. Por exemplo, a pessoa que vos fala. Com 16 anos, no auge da minha adolescência, já passei por algumas que me fizeram criar receio e aprender a pensar três mil vezes antes de dizer/fazer determinadas coisas. Deixar de contar aquela fofoca, de fazer piada, de dançar loucamente na boca da garrafa em público. Isso com menos da metade de uma vida de duração normal. Com base nisso dá pra entender por que tantos adultos, coroas e afins (geralmente), são tão sérios, fechados e não se 'abrem' com ninguém. Sabe-se lá pelo que já passaram, e que pôde ter tirado o brilho dos olhos, o encantamento, a 'idiotice'. Sim, porque eu sou muuuuito idiota, e pretendo ser por muito tempo! Só vivo rindo de qualquer coisa, mesmo que sem graça e acho que é disso que tiro meus sonhos, minhas ilusões pra deixar a vida mais bonita.
Meu conselho um tanto quanto desconfiado é não confiar completamente numa pessoa, compartilhar o necessário ou no máximo o que não te causaria grandes problemas. Renato Russo sabia muito bem disso quando compôs suas músicas, como sugere os trechos: "se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo..." (Mais Uma Vez) e "quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim" (Andrea Doria). E é isso, se o Mestre falou, tá falado. Sorte na vida e cuidem bem de vocês! :*

[Foto: Irys Raquel e seu filho Enzzo: família, uma das poucas relações confiáveis que se pode ter.]